domingo, 30 de junho de 2019

Parágrafo 134

134
Know, therefore, O questioning seeker, that earthly sovereignty is of no worth, nor will it ever be, in the eyes of God and His chosen ones. Moreover, if ascendancy and dominion be interpreted to mean earthly supremacy and temporal power, how impossible will it be for thee to explain these verses: “And verily Our host shall conquer.”92Fain would they put out God’s light with their mouths: But God hath willed to perfect His light, albeit the infidels abhor it.”93 “He is the Dominant, above all things.” Similarly, most of the Qur’án testifieth to this truth.
Sabe, pois, ó buscador inquisitivo, que a soberania terrena não tem, nem nunca terá, valor aos olhos de Deus e dos Seus Eleitos. Além disso, se a ascendência e o domínio fossem interpretados como significando supremacia terrena e poder temporal, quão impossível seria para ti explicar estes versículos: “E, em verdade, a nossa hoste vencerá.”[92] “De bom grado apagariam a luz de Deus com as suas bocas; mas Deus desejou aperfeiçoar a Sua luz, apesar dos infiéis a abominarem.”[93] “Ele é Dominador sobre todas as coisas.” Similarmente, a maior parte do Alcorão dá testemunho desta verdade.

sábado, 29 de junho de 2019

Parágrafo 133

133
And now, ponder this in thine heart: Were sovereignty to mean earthly sovereignty and worldly dominion, were it to imply the subjection and external allegiance of all the peoples and kindreds of the earth—whereby His loved ones should be exalted and be made to live in peace, and His enemies be abased and tormented—such form of sovereignty would not be true of God Himself, the Source of all dominion, Whose majesty and power all things testify. For, dost thou not witness how the generality of mankind is under the sway of His enemies? Have they not all turned away from the path of His good-pleasure? Have they not done that which He hath forbidden, and left undone, nay repudiated and opposed, those things which He hath commanded? Have not His friends ever been the victims of the tyranny of His foes? All these things are more obvious than even the splendor of the noontide sun.
E agora pondera isto no teu coração: se soberania significasse a soberania terrena e o domínio mundano, se implicasse a sujeição e a lealdade aparente de todos os povos e famílias da terra – com a qual os Seus amados devem ser exaltados e viver em paz, e os Seus inimigos devem ser humilhados e atormentados – essa forma de soberania não seria verdadeira do Próprio Deus, a Fonte de todo o domínio, Cuja majestade e poder todas as coisas testemunham. Pois não testemunhas como a generalidade da humanidade está sob o jugo dos Seus inimigos? Não se afastaram do caminho da Sua complacência? Não fizeram eles aquilo que Ele proibiu, e deixaram por fazer, ou melhor, repudiaram e opuseram-se àquelas coisas que Ele ordenou? Não têm sido os Seus amigos vítimas da tirania dos Seus inimigos? Todas estas coisas são mais óbvias que o esplendor do sol do meio-dia.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Parágrafo 132

132
This is but one of the meanings of the spiritual sovereignty which We have set forth in accordance with the capacity and receptiveness of the people. For He, the Mover of all beings, that glorified Countenance, is the source of such potencies as neither this wronged One can reveal, nor this unworthy people comprehend. Immensely exalted is He above men’s praise of His sovereignty; glorified is He beyond that which they attribute unto Him!
Este é apenas um dos significados de soberania espiritual que expusemos de acordo com a capacidade e receptividade do povo. Pois Ele, o Motor de todas as coisas, aqueles Semblante glorificado, é a fonte de tamanhos poderes que nem este injustiçado pode revelar, nem este povo indigno compreende. Imensamente exaltado está Ele acima do louvor dos homens à Sua soberania; glorificado está Ele para lá do que Lhe atribuem.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Parágrafo 131

131
To resume: Our purpose in setting forth these truths hath been to demonstrate the sovereignty of Him Who is the King of kings. Be fair: Is this sovereignty which, through the utterance of one Word, hath manifested such pervading influence, ascendancy, and awful majesty, is this sovereignty superior, or is the worldly dominion of these kings of the earth who, despite their solicitude for their subjects and their help of the poor, are assured only of an outward and fleeting allegiance, while in the hearts of men they inspire neither affection nor respect? Hath not that sovereignty, through the potency of one word, subdued, quickened, and revitalized the whole world? What! Can the lowly dust compare with Him Who is the Lord of Lords? What tongue dare utter the immensity of difference that lieth between them? Nay, all comparison falleth short in attaining the hallowed sanctuary of His sovereignty. Were man to reflect, he would surely perceive that even the servant of His threshold ruleth over all created things! This hath already been witnessed, and will in future be made manifest.
Resumindo: o Nosso propósito ao expor estas verdades era demonstrar a soberania d’Aquele Que é o Rei dos reis. Sê justo: será esta soberania - que através da expressão de uma Palavra, manifestou uma influência e ascendência tão penetrantes, e uma tremenda majestade - será esta soberania superior, ou será o domínio mundano destes reis da terra que, apesar da sua solicitude para com os seus súbditos e da sua ajuda aos pobres, apenas contam com a lealdade aparente e efémera, pois os corações dos homens não inspiram nem afecto, nem respeito? Não foi essa soberania – através do poder de uma palavra – que subjugou, despertou e revivificou todo o mundo? O quê? Pode a humilde poeira comparar-se com Aquele Que é o Senhor dos Senhores? Que língua se atreve a proferir a imensa diferença que existe entre eles? Pelo contrário, todas as comparações são incapazes de alcançar o santuário consagrado da Sua soberania. Fosse o homem reflectir, certamente perceberia que até o servo no Seu limiar governa todas as coisas criadas! Isto já foi testemunhado e no futuro será tornado manifesto.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Parágrafo 130

130
Thou dost witness today how, Notwithstanding the radiant splendor of the Sun of divine knowledge, all the people, whether high or low, have clung to the ways of those abject manifestations of the Prince of Darkness. They continually appeal to them for aid in unraveling the intricacies of their Faith, and, owing to lack of knowledge, they make such replies as can in no wise damage their fame and fortune. It is evident that these souls, vile and miserable as the beetle itself, have had no portion of the musk-laden breeze of eternity, and have never entered the Riḍván of heavenly delight. How, therefore, can they impart unto others the imperishable fragrance of holiness? Such is their way, and such will it remain forever. Only those will attain to the knowledge of the Word of God that have turned unto Him, and repudiated the manifestations of Satan. Thus God hath reaffirmed the law of the day of His Revelation, and inscribed it with the pen of power upon the mystic Tablet hidden beneath the veil of celestial glory. Wert thou to heed these words, wert thou to ponder their outward and inner meaning in thy heart, thou wouldst seize the significance of all the abstruse problems which, in this day, have become insuperable barriers between men and the knowledge of the Day of Judgment. Then wilt thou have no more questions to perplex thee. We fain would hope that, God willing, thou wilt not return, deprived and still athirst, from the shores of the ocean of divine mercy, nor come back destitute from the imperishable Sanctuary of thy heart’s desire. Let it now be seen what thy search and endeavors will achieve.
Testemunhas hoje, como, não obstante o esplendor radiante do Sol do conhecimento divino, todo o povo, de alta ou baixa condição, se agarra àquelas abjectas manifestações do Príncipe das Trevas. Apelam-lhes continuamente que os ajudem a esclarecer os aspectos complexos da sua Fé, e, devido à sua falta de conhecimento, eles dão respostas que de forma alguma pode prejudicar a sua fama ou fortuna. É evidente que estas, vis e miseráveis como um besouro, não tiveram a sua parte da brisa almiscarada da eternidade e nunca entraram no Ridvan do deleite celestial. Como, pois, podem atribuir a outros o perfume imperecível da santidade? Assim é a sua atitude, e assim permanecerá eternamente. Apenas alcançam o conhecimento da Palavra de Deus aqueles que se voltaram para Ele e repudiaram as manifestações de Satanás. Assim, Deus reafirmou a lei do dia da Sua Revelação, e registou-a com a pena do poder na Epístola mística, oculta sob o véu da glória celestial. Fosses tu prestar atenção, fosses tu ponderar o seu sentido exterior e interior no teu coração, compreenderias o significado de todos os problemas abstrusos que, neste dia, se tornaram barreiras insuperáveis entre os homens e o conhecimento do Dia do Juízo. Depois não terás mais questões que te confundam. De bom grado esperamos que, Deus queira, não regresses privado e ainda sequioso das praias do oceano da misericórdia divina, nem regresses destituído do Santuário imperecível do desejo do teu coração. Que agora se veja o que a tua busca e esforços conseguirão.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Parágrafo 129

129
Similarly, the records of all the scriptures bear witness to this lofty truth and this most exalted word. Moreover, this verse of the Qur’án, revealed concerning Ḥamzih, the “Prince of Martyrs,”90 and Abú-Jahl, is a luminous evidence and sure testimony of the truth of Our saying: “Shall the dead, whom We have quickened, and for whom We have ordained a light whereby he may walk among men, be like him, whose likeness is in the darkness, whence he will not come forth?”91 This verse descended from the heaven of the Primal Will at a time when Ḥamzih had already been invested with the sacred mantle of faith, and Abú-Jahl had waxed relentless in his opposition and unbelief. From the Wellspring of omnipotence and the Source of eternal holiness, there came the judgment that conferred everlasting life upon Ḥamzih, and condemned Abú-Jahl to eternal damnation. This was the signal that caused the fires of unbelief to glow with the hottest flame in the heart of the infidels, and provoked them openly to repudiate His truth. They loudly clamored: “When did Ḥamzih die? When was he risen? At what hour was such a life conferred upon him?” As they understood not the significance of these noble sayings, nor sought enlightenment from the recognized Expounders of the Faith, that these might confer a sprinkling of the Kawthar of divine knowledge upon them, therefore such fires of mischief were kindled amongst men.
Similarmente, os registos de todas as escrituras dão testemunho desta verdade sublime e desta exaltadíssima palavra. Além disso, o versículo do Alcorão, revelado sobre Hamzih, o “Príncipe dos Mártires,”[90] e Abu-Jahl, é uma evidência e um testemunho seguro da verdade das Nossas palavras: “Irá o morto, que Nós despertámos, e para o qual decretámos uma luz com a qual ele pode caminhar entre os homens, ser como aquele que se assemelha às trevas, das quais não sairá?” [91] Este versículo desceu do céu da Vontade Primordial num tempo em que Hamzih já tinha sido investido com o sagrado manto da fé, e Abu-Jahl mostrava-se implacável na sua oposição e descrença. Da Nascente da omnipotência e da Fonte da santidade eterna, veio um juízo que conferiu vida eterna a Hamzih e sentenciou Abu-Jahl à condenação eterna. Este foi o sinal que fez os fogos da descrença brilhar com a chama mais abrasadora no coração dos infiéis, e levando-os a repudiar abertamente a Sua verdade. Clamaram ruidosamente: “Quando morreu Hamzih? Quando ressuscitou? Em que momento lhe conferiram essa vida eterna?” Porque não compreendiam o significado destas palavras nobres, nem procuraram esclarecimento de reconhecidos comentadores da Fé, para que estes lhes lançassem um salpico do Kawthar do conhecimento divino sobre eles, estes fogos da ofensa acenderam-se entre os homens.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Parágrafo 128

128
In every age and century, the purpose of the Prophets of God and their chosen ones hath been no other but to affirm the spiritual significance of the terms “life,” “resurrection,” and “judgment.” If one will ponder but for a while this utterance of ‘Alí in his heart, one will surely discover all mysteries hidden in the terms “grave,” “tomb,” “ṣiráṭ,” “paradise” and “hell.” But oh! how strange and pitiful! Behold, all the people are imprisoned within the tomb of self, and lie buried beneath the nethermost depths of worldly desire! Wert thou to attain to but a dewdrop of the crystal waters of divine knowledge, thou wouldst readily realize that true life is not the life of the flesh but the life of the spirit. For the life of the flesh is common to both men and animals, whereas the life of the spirit is possessed only by the pure in heart who have quaffed from the ocean of faith and partaken of the fruit of certitude. This life knoweth no death, and this existence is crowned by immortality. Even as it hath been said: “He who is a true believer liveth both in this world and in the world to come.” If by “life” be meant this earthly life, it is evident that death must needs overtake it.
Em todas as épocas e séculos, o propósito dos Profetas de Deus e seus eleitos não tem sido senão a afirmação do significado espiritual dos termos “vida”, “ressurreição” e “juízo.” Se alguém ponderar por um momento estas palavras de ‘Ali no seu coração, descobrirá, seguramente, os mistérios ocultos nos termos “sepultura”, “túmulo”, “sirát”, “paraíso” e “inferno.” Mas, como é estranho e deplorável! Vê como todo o povo está aprisionado no túmulo do ego, e jaz sepultado nas profundezas do desejo mundano! Se alcançasses apenas uma gota das águas cristalinas do conhecimento divino, perceberias rapidamente que a verdadeira vida não é a vida da carne, mas a vida do espírito [Ga 5:17; Ro 8:5]. Pois a vida da carne é comum a homens e animais, enquanto a vida do espírito é possuída apenas pelos puros de coração que sorveram do oceano da fé e partilharam o fruto da certeza. Esta vida não conhece morte e esta existência é coroada com a imortalidade. Tal como foi dito: “Aquele que é um verdadeiro crente vive neste mundo e no mundo vindouro.” Se por “vida” se pretende significar esta vida terrena, é evidente que a morte deve necessariamente atingi-lo.

domingo, 23 de junho de 2019

Parágrafo 127

127
In like manner, two of the people of Kúfih went to ‘Alí, the Commander of the Faithful. One owned a house and wished to sell it; the other was to be the purchaser. They had agreed that this transaction should be effected and the contract be written with the knowledge of ‘Alí. He, the exponent of the law of God, addressing the scribe, said: “Write thou: ‘A dead man hath bought from another dead man a house. That house is bounded by four limits. One extendeth toward the tomb, the other to the vault of the grave, the third to the Ṣiráṭ, the fourth to either Paradise or hell.’” Reflect, had these two souls been quickened by the trumpet-call of ‘Alí, had they risen from the grave of error by the power of his love, the judgment of death would certainly not have been pronounced against them.
De igual modo, dois do povo de Kúfih dirigiram-se a ‘Ali, o Comandante dos Fiéis. Um possuía uma casa e desejava vendê-la; o outro pretendia comprá-la. Concordaram que esta transacção devia ser feita e o contrato escrito com o conhecimento de ‘Ali. Ele, o expoente da lei de Deus, dirigindo-se ao escriba disse: “Escreve: ‘Um homem morto comprou uma casa a outro homem morto. Essa casa está confinada por quatro limites. Um prolonga-se até ao túmulo, outro até à abóbada da sepultura, o terceiro até ao Sirát, e o quarto até ao Paraíso ou inferno.’” Reflecte: se estas duas almas tivessem sido despertadas pelo clamor da trombeta de ‘Ali, se se tivessem erguido da sepultura do erro com o poder do seu amor, o juízo da morte não teria certamente sido pronunciado contra eles.

sábado, 22 de junho de 2019

Parágrafo 126

126
In another passage of the Gospel it is written: “And it came to pass that on a certain day the father of one of the disciples of Jesus had died.” That disciple reporting the death of his father unto Jesus, asked for leave to go and bury him. Whereupon, Jesus, that Essence of Detachment, answered and said: “Let the dead bury their dead.”89
Noutra passagem do Evangelho está escrito: “E aconteceu que num certo dia o pai de um dos discípulos de Jesus tinha morrido.” Esse discípulo informando Jesus sobre a morte do seu pai, pediu permissão para sair e ir sepulta-lo. Perante isso, Jesus, aquela Essência do Desprendimento respondeu e disse: “Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos.” [89]

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Parágrafo 125

125
Such things have come to pass in the days of every Manifestation of God. Even as Jesus said: “Ye must be born again.”86 Again He saith: “Except a man be born of water and of the Spirit, he cannot enter into the Kingdom of God. That which is born of the flesh is flesh; and that which is born of the Spirit is spirit.”87 The purport of these words is that whosoever in every dispensation is born of the Spirit and is quickened by the breath of the Manifestation of Holiness, he verily is of those that have attained unto “life” and “resurrection” and have entered into the “paradise” of the love of God. And whosoever is not of them, is condemned to “death” and “deprivation,” to the “fire” of unbelief, and to the “wrath” of God. In all the scriptures, the books and chronicles, the sentence of death, of fire, of blindness, of want of understanding and hearing, hath been pronounced against those whose lips have tasted not the ethereal cup of true knowledge, and whose hearts have been deprived of the grace of the holy Spirit in their day. Even as it hath been previously recorded: “Hearts have they with which they understand not.”88
Tais coisas sucederam nos dias de todos os Manifestantes de Deus. Assim como Jesus disse: “Necessário vos é nascer de novo.”[86] E outra vez Ele disse: “Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”[87] O significado destas palavras é que em cada dispensação, quem nascer do Espírito e for despertado pelo sopro do Manifestante da Santidade, é, em verdade, daqueles que alcançaram a “vida” e a “ressurreição” e entraram no “paraíso” do amor de Deus. E quem não for um deles, está condenado à “morte” e à “privação”, ao “fogo” da descrença e à “ira” de Deus. Em todas as escrituras, nos livros e nas crónicas, a pena de morte, de fogo, de cegueira, de desejo de compreender e escutar, foi pronunciada contra aqueles cujos lábios não provaram do cálice etéreo do verdadeiro conhecimento, e cujos corações foram privados da graça do Espírito santo nos seus dias. Assim como foi registado anteriormente: “Eles têm corações com os quais não compreendem.”[88] [Is 6:9]

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Parágrafo 124

124
Gracious God! How far have that people strayed from the way of God! Although the Day of Resurrection was ushered in through the Revelation of Muḥammad, although His light and tokens had encompassed the earth and all that is therein, yet that people derided Him, gave themselves up to those idols which the divines of that age, in their vain and idle fancy, had conceived, and deprived themselves of the light of heavenly grace and of the showers of divine mercy. Yea, the abject beetle can never scent the fragrance of holiness, and the bat of darkness can never face the splendor of the sun.
Deus gracioso! Quão longe se afastaram os povos do caminho de Deus! Apesar do Dia da Ressurreição ter sido inaugurado com a Revelação de Maomé, apesar da Sua luz e sinais terem envolvido a terra e tudo o que nela existe, o povo, porém, escarneceu-O e entregou-se àqueles ídolos que os sacerdotes daquele tempo, conceberam nas suas fantasias fúteis e vãs, e privaram-se da luz da graça celestial e das chuvas da misericórdia divina. Sim, um besouro abjecto nunca poderá cheirar o perfume da santidade e o morcego das trevas nunca poderá olhar para o esplendor do sol.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Parágrafo 123

123
Nay, by “trumpet” is meant the trumpet-call of Muḥammad’s Revelation, which was sounded in the heart of the universe, and by “resurrection” is meant His own rise to proclaim the Cause of God. He bade the erring and wayward arise and speed out of the sepulchers of their bodies, arrayed them with the beauteous robe of faith, and quickened them with the breath of a new and wondrous life. Thus at the hour when Muḥammad, that divine Beauty, purposed to unveil one of the mysteries hidden in the symbolic terms “resurrection,” “judgment,” “paradise,” and “hell,” Gabriel, the Voice of Inspiration, was heard saying: “Erelong will they wag their heads at Thee, and say, ‘When shall this be?’ Say: ‘Perchance it is nigh.’”85 The implications of this verse alone suffice the peoples of the world, were they to ponder it in their hearts.
Pelo contrário, por “trombeta” pretende-se significar o clamor da trombeta da Revelação de Maomé, que soou no coração do universo, e por “ressurreição” pretende-se dizer o Seu próprio surgimento para proclamar a Causa de Deus. Ele fez o pecador e o rebelde levantarem-se e sair apressadamente do sepulcro dos seus corpos, revestiu-os com a bela túnica da fé, e despertou-os com o sopro de uma vida nova e maravilhosa. Assim, na hora em que Maomé, essa Beleza divina, propôs revelar um dos mistérios ocultos nos termos simbólicos “ressurreição”, “juízo”, “paraíso” e “inferno”, Gabriel, a Voz da Inspiração, foi escutado a dizer: “Em breve, eles voltarão a cabeça para Ti, e dirão ‘Quando acontecerá isso?’ Diz: ‘Possivelmente está próximo’”[85]. As implicações deste versículo, só por si, são suficientes para os povos do mundo, fossem eles ponderar isso nos seus corações.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Parágrafo 122

122
As the commentators of the Qur’án and they that follow the letter thereof misapprehended the inner meaning of the words of God and failed to grasp their essential purpose, they sought to demonstrate that, according to the rules of grammar, whenever the term “idhá” (meaning “if” or “when”) precedeth the past tense, it invariably hath reference to the future. Later, they were sore perplexed in attempting to explain those verses of the Book wherein that term did not actually occur. Even as He hath revealed: “And there was a blast on the trumpet—lo! it is the threatened Day! And every soul is summoned to a reckoning—with him an impeller and a witness.”84 In explaining this and similar verses, they have in some cases argued that the term “idhá” is implied. In other instances, they have idly contended that whereas the Day of Judgment is inevitable, it hath therefore been referred to as an event not of the future but of the past. How vain their sophistry! How grievous their blindness! They refuse to recognize the trumpet-blast which so explicitly in this text was sounded through the revelation of Muḥammad. They deprive themselves of the regenerating Spirit of God that breathed into it, and foolishly expect to hear the trumpet-sound of the Seraph of God who is but one of His servants! Hath not the Seraph himself, the angel of the Judgment Day, and his like been ordained by Muḥammad’s own utterance? Say: What! Will ye give that which is for your good in exchange for that which is evil? Wretched is that which ye have falsely exchanged! Surely ye are a people, evil, in grievous loss.
Como os comentadores do Alcorão, e os que seguem a letra do mesmo, compreenderam mal o sentido interior das palavras de Deus e não conseguiram alcançar o seu propósito essencial, eles procuraram demonstrar que, de acordo com as regras da gramática, sempre que o termo “idhá” (que significa “se” ou “quando”) precede um verbo no passado, refere-se, invariavelmente, ao futuro. Posteriormente, ficaram perplexos ao tentar explicar aqueles versículos do Livro em que esse termo, na realidade, não aparecia. Assim Ele revelou: “E houve um sopro de trombeta, e eis o Dia da ameaça! Toda a alma é chamada a prestar contas, com um guia e uma testemunha.”[84] Ao explicar este e outros versículos semelhantes, eles, em alguns casos, argumentaram que o termo “idhá” está implícito. Noutras ocasiões, defenderam futilmente que como o Dia do Juízo é inevitável, foi referido como um evento não no futuro mas no passado. Quão vão é o seu sofisma! Quão penosa é a sua cegueira! Recusam-se reconhecer o clamor da trombeta [Mt 24:31; Zc 9:14; Ez 33:3-6; Ap 1:10, 8:13, 9:14 NT: muito comum na Bíblia] que, tão explicitamente neste texto, soou ao longo da revelação de Maomé. Privam-se do regenerador Espírito de Deus que lhe foi soprado [Gn 2:7] e esperam loucamente ouvir o som da trombeta do Serafim de Deus que é apenas um dos Seus servos! Não foi o próprio Serafim, o anjo do Dia do Juízo, e os seus semelhantes, comandados pela palavra do próprio Maomé? Diz: O quê? Dareis aquilo que é para vosso bem em troca daquilo que é mau? Miserável é aquilo que haveis falsamente trocado! Sois, seguramente, um povo malvado, em grande perdição.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Parágrafo 121

121
When the light of Qur’ánic Revelation was kindled within the chamber of Muḥammad’s holy heart, He passed upon the people the verdict of the Last Day, the verdict of resurrection, of judgment, of life, and of death. Thereupon the standards of revolt were hoisted, and the doors of derision opened. Thus hath He, the Spirit of God, recorded, as spoken by the infidels: “And if thou shouldst say, ‘After death ye shall surely be raised again,’ the infidels will certainly exclaim, ‘This is nothing but manifest sorcery.’”81 Again He speaketh: “If ever thou dost marvel, marvelous surely is their saying, ‘What! When we have become dust, shall we be restored in a new creation?’”82 Thus, in another passage, He wrathfully exclaimeth: “Are We wearied out with the first creation? Yet are they in doubt with regard to a new creation!”83
Quando a luz da Revelação do Alcorão se acendeu na câmara do sagrado coração de Maomé, Ele deu ao povo o veredicto do Último Dia, o veredicto da ressurreição, do Juízo, da vida e da morte. Seguidamente desfraldaram-se os estandartes da revolta e abriram-se as portas do escárnio. Assim, o Espírito de Deus, registou o que disseram os infiéis: “E se dissesses, ‘Após a morte sereis seguramente ressuscitados,’ os infiéis certamente exclamariam, ‘Isto é apenas magia evidente.”[81] E mais uma vez Ele disse: “E se alguma vez te maravilhas, maravilhosos são, certamente, os seus dizeres, ‘O quê? Quando nos tornarmos pó, voltaremos a ser uma nova criação?’”[82] Deste modo, noutra passagem, Ele exclamou indignado: “Estamos cansados com a primeira criação? No entanto, eles duvidam sobre uma nova criação!” [83]

domingo, 16 de junho de 2019

Parágrafo 120

120
Consider how with this one verse which hath descended from the heaven of the Will of God, the world and all that is therein have been brought to a reckoning with Him. Whosoever acknowledged His truth and turned unto Him, his good works outweighed his misdeeds, and all his sins were remitted and forgiven. Thereby is the truth of these words concerning Him made manifest: “Swift is He in reckoning.” Thus God turneth iniquity into righteousness, were ye to explore the realms of divine knowledge, and fathom the mysteries of His wisdom. In like manner, whosoever partook of the cup of love, obtained his portion of the ocean of eternal grace and of the showers of everlasting mercy, and entered into the life of faith—the heavenly and everlasting life. But he that turned away from that cup was condemned to eternal death. By the terms “life” and “death,” spoken of in the scriptures, is intended the life of faith and the death of unbelief. The generality of the people, owing to their failure to grasp the meaning of these words, rejected and despised the person of the Manifestation, deprived themselves of the light of His divine guidance, and refused to follow the example of that immortal Beauty.
Considera como com este versículo que desceu do céu da Vontade de Deus, o mundo e tudo o que nele existe foram levados a prestar-Lhe contas. Quem reconheceu a Sua verdade e se voltou para Ele, as suas boas obras [1Ti 5:10; 6:18] superaram as suas más acções, e os seus pecados foram absolvidos e perdoados. Desse modo, a verdade destas palavras sobre Ele tornaram-se evidentes: “Rápido é Ele no julgamento.” Assim Deus transformou a iniquidade em rectidão, se fosses explorar os domínios do conhecimento divino e sondar os mistérios da Sua sabedoria. De igual modo, quem beber do cálice do amor, obterá a sua porção do oceano da graça eterna e das chuvas da misericórdia eterna, e entrará na vida da fé - a vida celestial e eterna. Mas aquele que se afastou desse cálice foi condenado à morte eterna. Com os termos “vida” e “morte” mencionados nas escrituras, pretende-se significar a vida da fé e a morte da descrença. A generalidade do povo, devido à sua incapacidade para compreender o sentido destas palavras, rejeitaram e desprezaram a pessoa do Manifestante, privaram-se da luz da Sua orientação divina, e recusaram-se seguir o exemplo daquela Beleza imortal.

sábado, 15 de junho de 2019

Parágrafo 119

119
This is the significance of the well-known words: “The wolf and the lamb shall feed together.”79 Behold the ignorance and folly of those who, like the nations of old, are still expecting to witness the time when these beasts will feed together in one pasture! Such is their low estate. Methinks, never have their lips touched the cup of understanding, neither have their feet trodden the path of justice. Besides, of what profit would it be to the world were such a thing to take place? How well hath He spoken concerning them: “Hearts have they, with which they understand not, and eyes have they with which they see not!”80
Este é o significado das conhecidas palavras: “O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos.” [79] Vê a ignorância e a insensatez daqueles que, tal como as antigas nações, aguardam que estes animais se alimentem juntos numa pastagem! Tal é a sua baixa condição. Parece-Me que os seus lábios nunca tocaram no cálice da compreensão, nem os seus pés andaram no caminho da justiça. Além disso, que benefício haveria para o mundo se uma coisa dessas acontecesse? Qual bem Ele falou sobre eles: “Têm corações com os quais não compreendem, e olhos com os quais não vêem!” [80]

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Parágrafo 118

118
The following is an evidence of the sovereignty exercised by Muḥammad, the Daystar of Truth. Hast thou not heard how with one single verse He hath sundered light from darkness, the righteous from the ungodly, and the believing from the infidel? All the signs and allusions concerning the Day of Judgment, which thou hast heard, such as the raising of the dead, the Day of Reckoning, the Last Judgment, and others have been made manifest through the revelation of that verse. These revealed words were a blessing to the righteous who on hearing them exclaimed: “O God our Lord, we have heard, and obeyed.” They were a curse to the people of iniquity who, on hearing them, affirmed: “We have heard and rebelled.” Those words, sharp as the sword of God, have separated the faithful from the infidel, and severed father from son. Thou hast surely witnessed how they that have confessed their faith in Him and they that rejected Him have warred against each other, and sought one another’s property. How many fathers have turned away from their sons; how many lovers have shunned their beloved! So mercilessly trenchant was this wondrous sword of God that it cleft asunder every relationship! On the other hand, consider the welding power of His Word. Observe, how those in whose midst the Satan of self had for years sown the seeds of malice and hate became so fused and blended through their allegiance to this wondrous and transcendent Revelation that it seemed as if they had sprung from the same loins. Such is the binding force of the Word of God, which uniteth the hearts of them that have renounced all else but Him, who have believed in His signs, and quaffed from the Hand of glory the Kawthar of God’s holy grace. Furthermore, how numerous are those peoples of divers beliefs, of conflicting creeds, and opposing temperaments, who, through the reviving fragrance of the Divine springtime, breathing from the Riḍván of God, have been arrayed with the new robe of divine Unity, and have drunk from the cup of His singleness!
O que se segue é uma evidência da soberania exercida por Maomé, o Sol da Verdade. Não ouviste como Ele com um único versículo separou a luz das trevas, os justos dos ímpios, o crente do infiel? Todos os sinais e alusões sobre o Dia do Juízo [Mt 10:15; 11:22,24; 12:36; Mc 6:11; 2Pe 2:9; 3:7; 1Jo 4:17], que tu ouviste, tais como a ressurreição dos mortos, o Dia da Visitação [Is 10:3], o Julgamento Final, e outros tornaram-se evidentes através da revelação desse versículo. Essas palavras reveladas foram uma bênção para os justos que quando as ouviram exclamaram: “Ó Deus nosso Senhor, ouvimos e obedecemos.” Elas foram uma maldição para o povo da iniquidade que, ao ouvi-las, afirmaram: “Ouvimos e rebelamo-nos.” Essas palavras, afiadas como a espada de Deus, separaram os fiéis dos infiéis, dividiram pai e filho [Hb 4:12]. Tu, certamente, testemunhaste como aqueles que confessam a sua fé n’Ele e aqueles que O rejeitaram se guerrearam uns aos outros, e procuraram obter os bens uns dos outros. Quantos pais se afastaram dos seus filhos; quantos amantes se afastaram das suas amadas! Tão impiedosamente cortante era esta maravilhosa espada de Deus que separou todo o vínculo! Por outro lado, considera o poder unificador da Sua Palavra. Observa como aqueles que no meio do Satã do ego semearam, durante anos, as sementes da malícia e do ódio, se uniram e misturaram na sua lealdade a esta maravilhosa e transcendente Revelação, que pareciam que pareciam ter nascido das mesmas entranhas. Tal é o poder unificador do Verbo de Deus, que une os corações daqueles que renunciaram a tudo salvo Ele, que acreditaram nos Seus sinais, e sorveram com a Mão da glória do Kawthar da sagrada graça de Deus. Além disso, como são numerosos os povos de diferentes crenças, de credos em conflito e de temperamentos opostos, que, através do perfume vivificador da primavera Divina, respirando no Ridvan de Deus, se revestiram com uma nova túnica de Unidade divina, e beberam do cálice da Sua unicidade!

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Parágrafo 117

117
Consider, how great is the change today! Behold, how many are the Sovereigns who bow the knee before His name! How numerous the nations and kingdoms who have sought the shelter of His shadow, who bear allegiance to His Faith, and pride themselves therein! From the pulpit-top there ascendeth today the words of praise which, in utter lowliness, glorify His blessed name; and from the heights of minarets there resoundeth the call that summoneth the concourse of His people to adore Him. Even those Kings of the earth who have refused to embrace His Faith and to put off the garment of unbelief, nonetheless confess and acknowledge the greatness and overpowering majesty of that Daystar of loving-kindness. Such is His earthly sovereignty, the evidences of which thou dost on every side behold. This sovereignty must needs be revealed and established either in the lifetime of every Manifestation of God or after His ascension unto His true habitation in the realms above. What thou dost witness today is but a confirmation of this truth. That spiritual ascendancy, however, which is primarily intended, resideth within, and revolveth around Them from eternity even unto eternity [Dn 7:18]. It can never for a moment be divorced from Them. Its dominion hath encompassed all that is in heaven and on earth.
Considera como é grande é hoje a mudança! Contempla como são tantos os Soberanos que se ajoelham perante o Seu nome! Quão numerosas as nações e reinos que procuraram abrigo à Sua sombra, que juraram lealdade à Sua Fé, e se orgulham dela! Dos púlpitos elevam-se hoje palavras de louvor que, com extrema humildade, glorificam o Seu abençoado nome; e dos cumes dos minaretes ressoa o chamamento que convoca a multidão do Seu povo a adorá-Lo. Até aqueles Reis da terra que se recusaram a abraçar a Sua Fé e vestiram o traje da descrença, ainda assim, confessaram e reconheceram a grandeza e a majestade avassaladora daquele Sol de benevolência. Tal é a Sua soberania terrena, cujas evidências contemplas em todos os lados. Esta soberania deve necessariamente ser revelada e estabelecida durante a vida de cada Manifestante de Deus ou após a Sua ascensão à sua verdadeira habitação nos reinos do alto. Aquilo que testemunhas hoje é apenas a confirmação desta verdade. Esta ascendência espiritual, porém, no seu sentido principal, reside n’Eles e centra-se n’Eles, desde a eternidade até à eternidade. Nunca pode, nem por um momento, ser separada d’Eles. O Seu domínio envolveu tudo o que está no céu e na terra.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Parágrafo 116

116
We shall cite in this connection only one verse of that Book. Shouldst thou observe it with a discerning eye, thou wilt, all the remaining days of thy life, lament and bewail the injury of Muḥammad, that wronged and oppressed Messenger of God. That verse was revealed at a time when Muḥammad languished weary and sorrowful beneath the weight of the opposition of the people, and of their unceasing torture. In the midst of His agony, the Voice of Gabriel, calling from the Sadratu’l-Muntahá, was heard saying: “But if their opposition be grievous to Thee—if Thou canst, seek out an opening into the earth or a ladder into heaven.”78 The implication of this utterance is that His case had no remedy, that they would not withhold their hands from Him unless He should hide Himself beneath the depths of the earth, or take His flight unto heaven.
Em relação a isto, citaremos apenas um versículo desse Livro. Fosse tu observá-lo com olhos discernentes, lamentarias e chorarias, durante os restantes dias da tua vida, as injúrias a Maomé esse injustiçado e oprimido Mensageiro de Deus. Esse versículo foi revelado num momento em que Maomé enfraquecia, cansado e abatido, sob o peso da oposição do povo, e a sua incessante tortura. No meio da sua agonia, ouviu-se a Voz de Gabriel chamando do Sadratu’l-Muntahá: “Se a oposição deles que Te atormenta, procura, se puderes, uma abertura na terra ou uma escada para o céu.”[78] Infere-se destas palavras que o Seu caso não tinha remédio, que eles não tirariam as suas mãos de cima d’Ele a menos que Ele se escondesse nas profundezas da terra ou voasse para o céu.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Parágrafo 115

115
For this reason did Muḥammad cry out: “No Prophet of God hath suffered such harm as I have suffered.” And in the Qur’án are recorded all the calumnies and reproaches uttered against Him, as well as all the afflictions which He suffered. Refer ye thereunto, that haply ye may be informed of that which hath befallen His Revelation. So grievous was His plight, that for a time all ceased to hold intercourse with Him and His companions. Whoever associated with Him fell a victim to the relentless cruelty of His enemies.
Por este motivo, Maomé gritou: “Nenhum Profeta sofreu tantas ofensas como Eu sofri.” E no Alcorão estão registadas todas as calúnias e afrontas proferidas contra Ele, assim como todas as aflições que Ele sofreu. Referi-vos a isso, para que, porventura, possais ficar informados do que aconteceu à Sua Revelação. Tão dolorosa era a Sua condição que durante algum tempo todos deixaram de se relacionar com Ele e com os Seus companheiros. Quem se associasse com Ele era vítima da crueldade implacável dos Seus inimigos.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Parágrafo 114

114
Furthermore, by sovereignty is meant the all-encompassing, all-pervading power which is inherently exercised by the Qá’im whether or not He appear to the world clothed in the majesty of earthly dominion. This is solely dependent upon the will and pleasure of the Qá’im Himself. You will readily recognize that the terms sovereignty, wealth, life, death, judgment and resurrection, spoken of by the scriptures of old, are not what this generation hath conceived and vainly imagined. Nay, by sovereignty is meant that sovereignty which in every dispensation resideth within, and is exercised by, the person of the Manifestation, the Daystar of Truth. That sovereignty is the spiritual ascendancy which He exerciseth to the fullest degree over all that is in heaven and on earth, and which in due time revealeth itself to the world in direct proportion to its capacity and spiritual receptiveness, even as the sovereignty of Muḥammad, the Messenger of God, is today apparent and manifest amongst the people. You are well aware of what befell His Faith in the early days of His dispensation. What woeful sufferings did the hand of the infidel and erring, the divines of that age and their associates, inflict upon that spiritual Essence, that most pure and holy Being! How abundant the thorns and briars which they have strewn over His path! It is evident that wretched generation, in their wicked and satanic fancy, regarded every injury to that immortal Being as a means to the attainment of an abiding felicity; inasmuch as the recognized divines of that age, such as ‘Abdu’lláh-i-Ubayy, ‘Abú-‘Ámir, the hermit, Ka‘b-Ibn-i-Ashraf, and Naḍr-Ibn-i-Ḥárith, all treated Him as an impostor, and pronounced Him a lunatic and a calumniator. Such sore accusations they brought against Him that in recounting them God forbiddeth the ink to flow, Our pen to move, or the page to bear them. These malicious imputations provoked the people to arise and torment Him. And how fierce that torment if the divines of the age be its chief instigators, if they denounce Him to their followers, cast Him out from their midst, and declare Him a miscreant! Hath not the same befallen this Servant, and been witnessed by all?
Além disso, por soberania pretende-se significar o poder que tudo-envolve e tudo-impregna, e que é inerentemente exercido pelo Qa’im, quer Ele pareça ao mundo estar, ou não, vestido com a majestade do domínio terreno. Isto apenas depende da vontade e agrado do Próprio Qa’im. Reconhecerás prontamente que os termos soberania, riqueza, vida, morte, julgamento e ressurreição referidos pelas escrituras do passado não são o que esta geração concebeu ou imaginou em vão. Pelo contrário, por soberania pretende-se significar aquela soberania que em toda a dispensação reside na pessoa do Manifestante e é exercida por ele. Essa soberania é a ascendência espiritual que Ele exerce no mais alto grau sobre tudo o que está no céu e na terra, e que no devido momento, se revela ao mundo na proporção directa da sua capacidade e receptividade espiritual, assim como a soberania de Maomé, o Mensageiro de Deus, é hoje aparente e manifesta entre o povo. Estás bem ciente do que aconteceu à Sua Fé nos primeiros dias da Sua dispensação. Que lastimáveis sofrimentos infligiram as mãos dos infiéis e pecadores, os sacerdotes dessa época e seus companheiros naquela Essência espiritual, aquele Ser puro e santo! Quão abundantes os espinhos e os abrolhos [Jz 8:7; Is 5:6; 7:23; 9:18; 32:13; Hb 6:8] que espelharam no Seu caminho! É evidente que aquela geração perversa, na sua fantasia satânica e malvada, considerava cada injúria àquele Ser imortal como um meio para alcançar a felicidade permanente; e como tal, os sacerdotes reconhecidos dessa época, tais como ‘Abdu’lláh-i-Ubayy, ‘Abú-‘Ámir, o eremita, Ka‘b-Ibn-i-Ashraf, e Naḍr-Ibn-i-Ḥárith, todos O trataram como um impostor e O declararam lunático e caluniador. Tão dolorosas acusações foram feitas contra Ele, que ao relatá-las Deus proíbe que a tinta flua, que a Nossa pena se mova ou que a página as sustente. Estas acusações maliciosas fizeram o povo levantar-se e atormenta-Lo. E como era feroz esse tormento se os sacerdotes da época eram os seus principais instigadores, se O denunciavam aos seus seguidores, se O expulsavam do seu meio, e O declaravam herege! Não sucedeu o mesmo a este Servo e foi testemunhado por todos?

domingo, 9 de junho de 2019

Parágrafo 113

113
And now, to resume Our argument concerning the question: Why is it that the sovereignty of the Qá’im, affirmed in the text of recorded traditions, and handed down by the shining stars of the Muḥammadan Dispensation, hath not in the least been made manifest? Nay, the contrary hath come to pass. Have not His disciples and companions been afflicted of men? Are they not still the victims of the fierce opposition of their enemies? Are they not today leading the life of abased and impotent mortals? Yea, the sovereignty attributed to the Qá’im and spoken of in the scriptures is a reality, the truth of which none can doubt. This sovereignty, however, is not the sovereignty which the minds of men have falsely imagined. Moreover, the Prophets of old, each and every one, whenever announcing to the people of their day the advent of the coming Revelation, have invariably and specifically referred to that sovereignty with which the promised Manifestation must needs be invested. This is attested by the records of the scriptures of the past. This sovereignty hath not been solely and exclusively attributed to the Qá’im. Nay rather, the attribute of sovereignty and all other names and attributes of God have been and will ever be vouchsafed unto all the Manifestations of God, before and after Him, inasmuch as these Manifestations, as it hath already been explained, are the Embodiments of the attributes of God, the Invisible, and the Revealers of the divine mysteries.
E agora, retomando o Nosso argumento sobre a tua questão: Porque é que a soberania do Qa’im, afirmada nos textos das tradições escritas, e transmitida pelas estrelas brilhantes da Dispensação de Maomé, não se manifestou de algum modo? Não; foi o contrário que aconteceu. Não foram os Seus discípulos e companheiros atormentados pelos homens? Não são, ainda hoje, vítimas de feroz oposição dos seus inimigos? Não levam eles, hoje, uma vida de humildes e impotentes mortais. De facto, a soberania atribuída ao Qa’im e falada nas escrituras é uma realidade cuja verdade ninguém pode duvidar. Esta soberania, porém, não é a soberania que as mentes dos homens perfidamente imaginaram. Além disso, os Profetas do passado, todos deles, sempre anunciaram aos povos dos seus dias o advento da próxima Revelação e referiram-se, invariável e especificamente, a essa soberania com que o prometido Manifestante deveria ser investido. Isto é confirmado pelos textos das escrituras do passado. Esta soberania não foi apenas e exclusivamente atribuída ao Qa’im. Pelo contrário, o atributo da soberania e todos os outros nomes e atributos de Deus foram, e sempre serão, outorgados a todos os Manifestantes de Deus [Is 9:5], antes e depois d’Ele, pois estes Manifestantes, conforme já foi explicado, são a personificação dos atributos de Deus, o Invisível, e Reveladores dos mistérios divinos.

sábado, 8 de junho de 2019

Parágrafo 112

112
To this testifieth that which hath been witnessed in this wondrous and exalted Dispensation. Myriads of holy verses have descended from the heaven of might and grace, yet no one hath turned thereunto, nor ceased to cling to those words of men, not one letter of which they that have spoken them comprehend. For this reason the people have doubted incontestable truths, such as these, and caused themselves to be deprived of the Riḍván of divine knowledge, and the eternal meads of celestial wisdom.
Disto dá testemunho o que se pode observar nesta maravilhosa e exaltada Dispensação. Miríades de versículos sagrados desceram do céu do poder e da graça, e no entanto, ninguém se voltou para eles [Jo 5:39], nem deixou de se agarrar àquelas palavras dos homens, as quais, quando proferidas nem uma letra entendem. Por este motivo, as pessoas duvidaram de verdades incontestáveis, como esta, e fizeram-se privar do Ridvan do conhecimento divino, e dos prados da sabedoria celestial [Jo 5:47; Mt 22:29; Mc 12:24; Lc 24:32].

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Parágrafo 111

111
Yea, inasmuch as the peoples of the world have failed to seek from the luminous and crystal Springs of divine knowledge the inner meaning of God’s holy words, they therefore have languished, stricken and sore athirst, in the vale of idle fancy and waywardness. They have strayed far from the fresh and thirst-subduing waters, and gathered round the salt that burneth bitterly. Concerning them, the Dove of Eternity hath spoken: “And if they see the path of righteousness, they will not take it for their path; but if they see the path of error, for their path will they take it. This, because they treated Our signs as lies, and were heedless of them.”77
De facto, como os povos do mundo não conseguiram procurar nas Fontes luminosas e cristalinas do conhecimento divino [Dt 8:7] o significado interior das santas palavras de Deus, eles definharam, sedentos e aflitos, no vale das fantasias fúteis e da obstinação. Afastaram-se para longe das águas frescas que aliviam a sede, e reuniram-se em torno do sal que queima amargamente [Ex 15:22-27]. Sobre eles, a Pomba da Eternidade afirmou: “E se eles virem o caminho da rectidão, não o tomarão como o seu caminho; mas se virem o caminho do erro, tomá-lo-ão como seu caminho. Isto, porque eles tratam os Nossos sinais como mentiras, ou não lhes prestaram atenção.”[77]